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A Chapada Diamantina é um território composto por 24 municípios, situado na região central da Bahia. Por essas terras de transição entre caatinga e cerrado, entre sertões e rios caudalosos, passaram muitas gentes e tropéis. Quem foi ficando construiu uma forma de viver e conviver que identifica quem nasce aqui como chapadeiro/a. Com modos de vida próprios e expressões culturais típicas, a Chapada Diamantina foi sempre um lugar de passagem, aberta para o mundo, acolhedora pra quem resolveu ficar. Berço das águas da Bahia e terra de muitas riquezas exploradas e escondidas, a Chapada teve uma ocupação milenar de povos indígenas quase imemoriais, não fossem as pinturas rupestres nas rochas e grutas.

Quem são, hoje, os guardiões dessas memórias? A cultura oral ainda resiste nos contos e causos das mais antigas e antigos. A escrita deixou testemunhos que ficaram para a História. E agora são as imagens, as principais mediadoras entre um ser e o mundo na atualidade. O cinema, enquanto produtor de imagens, pode jogar uma luz duradoura e marcante sobre determinados aspectos da região. Não é à toa que a produção cinematográfica realizada no território só aumentou neste século. Antes, eram poucas as imagens em movimento. O movimento era apenas da vida, das idas e vindas de pessoas, das mudanças na ocupação da terra. Hoje as imagens se movimentam nas telas, pequenas e grandes, desvelando as histórias locais.

 

A Mostra Chapada Diamantina reúne 12 filmes pra iluminar os olhares sobre este território, contar as histórias lendárias e reais que aconteceram aqui e valorizar as tradições culturais e os modos de vida de um povo que é, antes de tudo, um forte. O cinema feito na Chapada alimenta o imaginário e estimula o público a conhecer e preservar suas memórias.

por Alan Lobo

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